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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Boletim TERRITÓRIO LIVRE nº02, março de 2014


 O QUE É O COLETIVO TERRITÓRIO LIVRE?

O Coletivo Território Livre (CTL-Geografia) é uma organização estudantil da geografia que visa atuar no seu movimento de curso articulando demandas particulares de nossa área às reivindicações gerais do Movimento Estudantil, se apropriando do conhecimento acadêmico crítico da geografia para colocá-lo a serviço das causas do povo trabalhador.

O CTL está organizado, prioritariamente, na UnB, mas mantém laços com estudantes de geografia no restante do Brasil. O CTL, sobretudo, visa ser um Coletivo de atuação nacional. Nos organizamos a nível nacional com outros Coletivos de Curso e Oposições de Base, atuantes em suas respectivas escolas e universidades, através da Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC). A RECC, por sua vez, constrói o Fórum de Oposições pela Base (FOB), movimento que organiza trabalhadores e estudantes no Brasil.

Convidamos os estudantes de nosso curso, calouros e veteranos, graduandos e pós-graduandos, a se organizarem e lutarem junto conosco!

Nossas bandeiras de luta:
  • Verbas para saídas de campo! Prioridade aos colegas da assistência estudantil!
  • Democracia no departamento e instituto! Paridade no colegiado e eleições universais para chefia!
  • Ensino Noturno já! Para contemplar os estudantes trabalhadores! 
POR UMA GEOGRAFIA CRÍTICA A SERVIÇO DO POVO!
 
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 Saudações aos calouros e calouras!!!


O Coletivo Território Livre saúda os calouros de geografia que adentram a Universidade de Brasília. Nós, do sabemos o quão árdua é a tarefa de transpor esse vestibular ou ENEM elitistas e segregacionistas. Eles nos sujeitam a um processo massacrante e competitivo para cursarmos uma Universidade Pública, ainda mais para aqueles que, por condições materiais, não tiveram acesso a uma educação de qualidade. Porém a luta não acaba por aqui. 2014 será um ano de grandes batalhas, dentro e fora da universidade! Convidamos todos os colegas à luta! Pois ousar lutar é ousar vencer!

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CAGEA EM DEBATE:

MOBLIZAR OS ESTUDANTES DE GEOGRAFIA PARA ALÉM DAS ELEIÇÕES DO CAGEA!


O Coletivo Território Livre (CTL) ao longo dos cinco anos de atuação na UnB, luta pela reorganização do movimento estudantil da geografia e lutou para a retomada da realização das eleições nas quais foi possível os estudantes voltarem a escolher anualmente as gestões do CAGEA. Participamos como chapa de todas as eleições desde então e vencemos em 2012, junto com outros estudantes independentes, as últimas eleições com a gestão “Geografia em Movimento”.
 
Consideramos essencial a continuidade da realização de sucessivas eleições para gestão, pois o comprometimento e engajamento político dos estudantes do curso na tentativa de construir um centro acadêmico cada vez mais ativo é essencial para que o movimento continue ocorrendo e outros estudantes interessados possam adquirir experiência política e até mobilizar mais estudantes em prol de melhorias no curso. Entretanto, viemos nesse boletim expressar as razões pelas quais o coletivo decidiu não concorrer nas próximas eleições, que serão realizadas ainda neste ano de 1º/2014.
 
Primeiramente, gostaríamos de deixar claro que, apesar do centro acadêmico ser um importante espaço de disputa e construção coletiva, não o consideramos como fim em si mesmo. Avaliamos que apesar de termos avançado em determinados pontos enquanto centro acadêmico (tais como retomada da Copa CAGEA, realização de churrascos para interação, acampamento, exibição de vídeos no Cine-CAGEA, revitalização de parte do espaço do CA, aproximação da pós-graduação com a graduação, realização de assembleias comunitárias integradas, blog atualizado, boletins frequentes entre outros), ainda temos uma base estudantil  pouco mobilizada nos assuntos coletivos do curso e ainda desiteressada nos debates e ações políticas. Isto teve como consequência assembleias esvaziadas e uma falta de envolvimento nas damandas estudantis do curso e da UnB. Fatos que avaliamos como de extrema importância para os estudantes do curso, foram recebidos com desinteresse e distanciamento. Medidas vindas de cima (da reitoria ou departamento) para baixo foram aceitadas pelo estudantado sem indagações da maioria.

Mas ao colocarmos tais críticas à base de estudantes de geografia, também nos incluimos nela e não podemos deixar de refletir as razões pelas quais esse fato ocorre. Temos que ter em mente que parte dessa desmotivação parte, em princípio, de uma falta de cultura política dentro do curso de Geografia da UnB, e avaliando a atuação do CTL no ano passado, concluímos que tivemos dificuldade de dialogar com a base, o que dificultou a organização/mobilização. O fato de, nós do coletivo Território Livre, termos estado a frente do centro acadêmico numa gestão muito pequena (apenas 6 pessoas) fez com que nos atarefássemos com as necessidades burocráticas do CA, deslocando, em parte, o foco da mobilização estudantil.

Enquanto organização do movimento estudantil, que tem como foco a mobilização dos estudantes para o engajamento na luta, nos questionamos se concorrer a gestão do centro acadêmico seria, neste momento, nossa prioridade para, a partir dele, irradiar as lutas na geografia e na UnB. Chegamos à conclusão que, a conquista de um centro acadêmico sem a devida mobilização da base de nada nos adianta. Por isso, ao invés de focarmos na disputa da direção do CAGEA, preferimos avançar no trabalho de base pois nosso objetivo não é meramente burocrático-institucional mas sim buscar a contínua conquista de estudantes mobilizados, e porque não dizer, militantes ativos do movimento estudantil. Queremos deixar claro que não somos contrários as eleições ou ao CAGEA, apenas optamos, desta vez, por não participar. Deixaremos espaço e estimulamos que novos colegas façam a experiência na gestão do CAGEA!

Entendemos que o ano de 2014 é um ano essencial na luta para avançar nos direitos do povo. Este ano, que tem como centro a Copa do Mundo, as eleições burguesas e os 50 anos do golpe militar, aflora grandes contradições do modo de produção capitalista. A segregação social e a criminalização da luta se torna cada vez mais nítida com as remoções da copa e a tentativa de aprovação da lei anti-terrorista, intitulada até por meios de comunicação da mídia burguesa, como o novo AI-5.

Entretanto, ao enxergarmos a realidade de uma forma dialética poderemos ver que ao mesmo tempo que temos um avanço da repressão, há um avanço na resistência. A classe trabalhadora organizada esteve presente nas jornadas de junho, e continua resistindo fazendo greves, piquetes, manifestações de rua, etc. Vários também foram os estudantes de geografia que foram as ruas. queremos trazer a revolta popular à UnB, organizando nossa ação e política coletiva!

Neste sentido, entendemos que nós como estudantes e trabalhadores temos um papel primordial na luta contra as políticas vindas de cima para baixo que esmagam a classe trabalhadora. Assim, convidamos todos e todas os/as estudantes de Geografia a se organizarem coletivamente e construírem conosco um movimento estudantil classista e combativo em defesa de uma universidade popular, aliada dos trabalhadores.

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