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terça-feira, 3 de junho de 2014

Dia do Geógrafo reune cerca de 80 em Brasília para analisar Urbanismo e Megaeventos


 
No  dia 29 de Maio,  o Coletivo Território Livre-CTL, com apoio do departamento de geografia da UNB, organizou um evento em comemoração ao dia do geógrafo. O debate teve como tema Urbanismo e Megaeventos e contou com a intensa participação de estudantes de Geografia e de outros cursos como Arquitetura, Direito, Pedagogia, Ciências Políticas, Sociologia e História.

Os debatedores - Prof. Aldo Paviani (UNB), Francinaldo (MTST) e Marcello (estudante-UNB) - apresentaram uma análise sobre os pontos positivos e negativos relacionados aos megaeventos e criticaram, principalmente, o fato de que a lógica dos megaeventos promove  a concentração de investimentos em lugares da cidade já contemplados com equipamentos e serviços urbanos. Tal ação reforça as desigualdades Urbanas e empurra moradores de baixa renda para regiões mais distantes e precárias da cidade.

O Evento contou com a participação de mais de 80 pessoas e faz parte de uma iniciativa dos estudantes do CTL de aproximar a Geografia da UNB dos Movimentos Sociais Urbanos. Ao final os participantes puderam se envolver em um intenso e produtivo debate sobre a problemática dos megaeventos para a cidade.

Dia do geógrafo: Urbanismo e Megaeventos


terça-feira, 8 de abril de 2014

Formação de chapa para eleições do DCE-UnB

O Coletivo Território Livre, que compõe a RECC junto à Oposição CCI, convoca os estudantes de geografia para formação de chapa nestas eleições de DCE. É prudente esclarecer os motivos distintos pelos quais não formaremos chapa para o CAGEA mas formaremos para DCE. O trabalho político-acadêmico-cultural pretendido pelo Coletivo Território Livre na geografia será mantido, mas preferimos não fazê-lo via gestão do CAGEA, o qual demanda esforços superiores aos que possui o Coletivo e possíveis membros que agregem neste momento. As eleições para DCE envolvem uma maior quantidade de membros, mas apesar disso, nos envolveremos nas eleições de DCE não encarando-a com o fim em si mesmo, mas para aproveitar o processo aberto na universidade de debates de ideias, propaganda e experiência organizativa. Este ano é decisivo para as lutas populares. O governo e empresas mandam Copa e repressão de cima para baixo, todas demandas populares estão condenadas para atender interesses destas elites. Mas é nosso papel lutar pelo justo, ir ao combate sem temer! A chapa de DCE será um preparatório destas lutas que se avizinham. Venham se organizar e lutar conosco!!!

 

Reuniões para discussão do programa e organização de chapa:
>> 08/04 (ter) - 12h
>> 10/04 (qui) - 18h
>> 14/04 (seg) - 18h
>> 16/04 (qua) - 12h
Local: Mezanino do ICC Norte
Os últimos dois anos foram marcados pelo burocratismo e apatia política do DCE nas mãos da direita liberal - Aliança pela Liberdade (do capital, diga-se de passagem). Nos anos anteriores, as gestões do PT e antes do PSTU e PSOL tiveram responsabilidade por iniciar a sedimentação dos debates rebaixados e senso comum através de reivindicações pragmáticas e atuações burocráticas nos conselhos superiores. A política da Oposição CCI sempre foi encarar as eleições de DCE ou mesmo de CAs como táticos, e não estratégicos, pois é possível construir um movimento estudantil a despeito das estruturas de entidades, avançando pela base - é o que fazemos a sete anos. Mantemos esta política. No entanto, compreendemos que este ano é crucial atuarmos nas eleições de DCE para realizar uma contra-propaganda da direita, do governo e dos reformistas em geral. Uma contra-propaganda baseada na organização por cursos em vista a construção positiva de uma universidade a serviço dos trabalhadores. Por este motivo, convocamos especialmente os estudantes-trabalhadores e vinculados aos programas de assistência estudantil, os moradores da periferias do DF e do Entorno, os camaradas que ousaram sair às ruas nas Jornadas de Junho: vamos organizar pela base um movimento estudantil aliado às causas populares e de combate contra as injustiças do Estado e capitalismo! Este ano temos o dever de trazer a revolta popular contra a copa e a farsa eleitoral ao nosso local de estudo e fazê-la generalizar por todo DF e Entorno.
Compareça às reuniões de formação de chapa!
Traga sua experiência, proposições políticas e disposição para lutar!
Organizar um movimento contra a direita e a pelegada!
Construir a greve geral contra a copa do mundo!


quinta-feira, 3 de abril de 2014

50 anos do golpe civil-militar no Brasil: DITADURA NUNCA MAIS!


28 de Março - Dia de Luta dos Estudantes

Em vários cantos do Brasil, os estudantes saíram às ruas no dia 28 de março mostrando que não esqueceram e não perdoaram a morte de Edson Luís. Leia relatos e avaliações, veja fotos e vídeos desta luta. Porque resgatar nosso passado, preservando a memória, é o primeiro passo para a identidade do povo que jamais em sua história deixou de lutar um dia sequer por paz, justiça e liberdade!

Acesse:
  • www.oposicaocci.blogspot.com
  • www.redeclassista.blogspot.com
  • www.oposicaocciufrrj.blogspot.com
  • www.oposicaocca.blogspot.com
  • www.oposicaocc.blogspot.com

Boletim TERRITÓRIO LIVRE nº02, março de 2014


 O QUE É O COLETIVO TERRITÓRIO LIVRE?

O Coletivo Território Livre (CTL-Geografia) é uma organização estudantil da geografia que visa atuar no seu movimento de curso articulando demandas particulares de nossa área às reivindicações gerais do Movimento Estudantil, se apropriando do conhecimento acadêmico crítico da geografia para colocá-lo a serviço das causas do povo trabalhador.

O CTL está organizado, prioritariamente, na UnB, mas mantém laços com estudantes de geografia no restante do Brasil. O CTL, sobretudo, visa ser um Coletivo de atuação nacional. Nos organizamos a nível nacional com outros Coletivos de Curso e Oposições de Base, atuantes em suas respectivas escolas e universidades, através da Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC). A RECC, por sua vez, constrói o Fórum de Oposições pela Base (FOB), movimento que organiza trabalhadores e estudantes no Brasil.

Convidamos os estudantes de nosso curso, calouros e veteranos, graduandos e pós-graduandos, a se organizarem e lutarem junto conosco!

Nossas bandeiras de luta:
  • Verbas para saídas de campo! Prioridade aos colegas da assistência estudantil!
  • Democracia no departamento e instituto! Paridade no colegiado e eleições universais para chefia!
  • Ensino Noturno já! Para contemplar os estudantes trabalhadores! 
POR UMA GEOGRAFIA CRÍTICA A SERVIÇO DO POVO!
 
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 Saudações aos calouros e calouras!!!


O Coletivo Território Livre saúda os calouros de geografia que adentram a Universidade de Brasília. Nós, do sabemos o quão árdua é a tarefa de transpor esse vestibular ou ENEM elitistas e segregacionistas. Eles nos sujeitam a um processo massacrante e competitivo para cursarmos uma Universidade Pública, ainda mais para aqueles que, por condições materiais, não tiveram acesso a uma educação de qualidade. Porém a luta não acaba por aqui. 2014 será um ano de grandes batalhas, dentro e fora da universidade! Convidamos todos os colegas à luta! Pois ousar lutar é ousar vencer!

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CAGEA EM DEBATE:

MOBLIZAR OS ESTUDANTES DE GEOGRAFIA PARA ALÉM DAS ELEIÇÕES DO CAGEA!


O Coletivo Território Livre (CTL) ao longo dos cinco anos de atuação na UnB, luta pela reorganização do movimento estudantil da geografia e lutou para a retomada da realização das eleições nas quais foi possível os estudantes voltarem a escolher anualmente as gestões do CAGEA. Participamos como chapa de todas as eleições desde então e vencemos em 2012, junto com outros estudantes independentes, as últimas eleições com a gestão “Geografia em Movimento”.
 
Consideramos essencial a continuidade da realização de sucessivas eleições para gestão, pois o comprometimento e engajamento político dos estudantes do curso na tentativa de construir um centro acadêmico cada vez mais ativo é essencial para que o movimento continue ocorrendo e outros estudantes interessados possam adquirir experiência política e até mobilizar mais estudantes em prol de melhorias no curso. Entretanto, viemos nesse boletim expressar as razões pelas quais o coletivo decidiu não concorrer nas próximas eleições, que serão realizadas ainda neste ano de 1º/2014.
 
Primeiramente, gostaríamos de deixar claro que, apesar do centro acadêmico ser um importante espaço de disputa e construção coletiva, não o consideramos como fim em si mesmo. Avaliamos que apesar de termos avançado em determinados pontos enquanto centro acadêmico (tais como retomada da Copa CAGEA, realização de churrascos para interação, acampamento, exibição de vídeos no Cine-CAGEA, revitalização de parte do espaço do CA, aproximação da pós-graduação com a graduação, realização de assembleias comunitárias integradas, blog atualizado, boletins frequentes entre outros), ainda temos uma base estudantil  pouco mobilizada nos assuntos coletivos do curso e ainda desiteressada nos debates e ações políticas. Isto teve como consequência assembleias esvaziadas e uma falta de envolvimento nas damandas estudantis do curso e da UnB. Fatos que avaliamos como de extrema importância para os estudantes do curso, foram recebidos com desinteresse e distanciamento. Medidas vindas de cima (da reitoria ou departamento) para baixo foram aceitadas pelo estudantado sem indagações da maioria.

Mas ao colocarmos tais críticas à base de estudantes de geografia, também nos incluimos nela e não podemos deixar de refletir as razões pelas quais esse fato ocorre. Temos que ter em mente que parte dessa desmotivação parte, em princípio, de uma falta de cultura política dentro do curso de Geografia da UnB, e avaliando a atuação do CTL no ano passado, concluímos que tivemos dificuldade de dialogar com a base, o que dificultou a organização/mobilização. O fato de, nós do coletivo Território Livre, termos estado a frente do centro acadêmico numa gestão muito pequena (apenas 6 pessoas) fez com que nos atarefássemos com as necessidades burocráticas do CA, deslocando, em parte, o foco da mobilização estudantil.

Enquanto organização do movimento estudantil, que tem como foco a mobilização dos estudantes para o engajamento na luta, nos questionamos se concorrer a gestão do centro acadêmico seria, neste momento, nossa prioridade para, a partir dele, irradiar as lutas na geografia e na UnB. Chegamos à conclusão que, a conquista de um centro acadêmico sem a devida mobilização da base de nada nos adianta. Por isso, ao invés de focarmos na disputa da direção do CAGEA, preferimos avançar no trabalho de base pois nosso objetivo não é meramente burocrático-institucional mas sim buscar a contínua conquista de estudantes mobilizados, e porque não dizer, militantes ativos do movimento estudantil. Queremos deixar claro que não somos contrários as eleições ou ao CAGEA, apenas optamos, desta vez, por não participar. Deixaremos espaço e estimulamos que novos colegas façam a experiência na gestão do CAGEA!

Entendemos que o ano de 2014 é um ano essencial na luta para avançar nos direitos do povo. Este ano, que tem como centro a Copa do Mundo, as eleições burguesas e os 50 anos do golpe militar, aflora grandes contradições do modo de produção capitalista. A segregação social e a criminalização da luta se torna cada vez mais nítida com as remoções da copa e a tentativa de aprovação da lei anti-terrorista, intitulada até por meios de comunicação da mídia burguesa, como o novo AI-5.

Entretanto, ao enxergarmos a realidade de uma forma dialética poderemos ver que ao mesmo tempo que temos um avanço da repressão, há um avanço na resistência. A classe trabalhadora organizada esteve presente nas jornadas de junho, e continua resistindo fazendo greves, piquetes, manifestações de rua, etc. Vários também foram os estudantes de geografia que foram as ruas. queremos trazer a revolta popular à UnB, organizando nossa ação e política coletiva!

Neste sentido, entendemos que nós como estudantes e trabalhadores temos um papel primordial na luta contra as políticas vindas de cima para baixo que esmagam a classe trabalhadora. Assim, convidamos todos e todas os/as estudantes de Geografia a se organizarem coletivamente e construírem conosco um movimento estudantil classista e combativo em defesa de uma universidade popular, aliada dos trabalhadores.

Jornadas de Junho: Um novo ciclo da luta de classes no Brasil



Um novo ciclo da luta de classes no Brasil: as Jornadas de Junho como explosão da contenção social e as tarefas da auto-organização popular

 Brasil, outubro de 2013
Comunicado Nacional da RECC nº 16


“Organizar a esperança,
conduzir a tempestade,
romper os muros da noite.
Criar sem pedir licença,
um mundo de liberdade.”
Pedro Tierra
Foto: Manifestantes enfrentam “caveirão” da PM, Rio de Janeiro, Junho de 2013
Foto: Manifestantes enfrentam “caveirão”
da PM, Rio de Janeiro, Junho de 2013

I.

Os últimos meses alteraram permanentemente o quadro político nacional. Vimos em um período de tempo inacreditavelmente curto todas as “grandes verdades”, aceitas pela direita tradicional à esquerda institucional, desmoronarem como um castelo de cartas. Um levante popular em poucas semanas se alastrou pelo país. Nas grandes mídias, nos partidos políticos e entre grande parte de nossos intelectuais, dizia-se em uníssono que o Brasil havia entrado num ciclo sustentável de desenvolvimento, com diminuição das desigualdades sociais, aumento do emprego formal e crescimento econômico. Esse suposto consenso, que buscou legitimar a existência de uma “democracia em consolidação” no Brasil, não passava ao escrutínio de um olhar mais rigoroso sobre o que de fato ocorria no subterrâneo de nossas grandes cidades.

Expansão sem precedentes de uma educação de baixa qualidade e privatista em conluio com grandes grupos empresariais, voltada quase que exclusivamente para uma massa de trabalhadores precarizados e terceirizados (alheios a qualquer rede estatal de proteção); a violência sistemática e genocida contra a população pobre das periferias dos grandes centros urbanos, perpetrada por uma polícia militar completamente inescrupulosa e sem qualquer freio à sua sanha insaciável por sangue da nossa juventude negra; a manutenção do odioso sistema de transporte urbano que, a custo do sacrifício cotidiano da população, sustenta ínfimas famílias de empresários mafiosos. Hoje, contudo, todas aquelas verdades de estabilidade social se esfumaçaram no ar e ninguém que se queira dar ao respeito irá repeti-las com a mesma soberba de antes – o Rei está nu, ainda que os ideólogos de antes busquem lhe proteger com uma pequena tanguinha.