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O que é a RECC?


CONSTRUÇÃO NACIONAL DA RECC
Crescer em cada escola o poder das organizações estudantis

*Artigo retirado do boletim AVANTE! nº7, 1º/2012, órgão nacional de propaganda da RECC



Da década de 80 para cá passamos por um importante ciclo da luta de classes. A marca de seu início é o surgimento de entidades como MST, CUT e UNE. Desde então, PT e PCdoB foram as principais direções destas entidades, ambos partidos reformistas. Como reformistas, levaram a classe à ilusão de que seus anseios deveriam ser atendidos através da vitória eleitoral de tais partidos nas eleições do Estado burguês - como se fosse possível representação dos trabalhadores nesta máquina. E é com a vitória de Lula que este ciclo da luta de classes se degenera, trazendo um recuo das organizações de massa, pois tal "vitória" as subordinou ao parlamentarismo.

É neste contexto que surge a RECC, buscando, ao mesmo tempo, superar o vazio deixado pela UNE e lutar contra as Reformas Neoliberais que o governo Lula impunha à educação. Surgida em 2009, a RECC é uma corrente do Movimento Estudantil (ME) que pretende tornar-se de massas. Somos guiados pelos princípios intransponíveis do anti-governismo, da democracia de base, da autonomia frente partidos e governos, da combatividade, do anti-reformismo, da ação direta e do classismo – pois compreendemos o ME como uma fração da classe trabalhadora.

Situada no amplo campo socialista, a RECC não faz nenhum corte teórico-ideológico específico, como anarquista ou comunista, mas sim um corte político de classe, estando ao lado da luta dos trabalhadores. Nosso modelo de organização é construído de baixo para cima, através de coletivos e oposições de base. Estes coletivos e oposições organizam-se para atuar nas suas escolas e universidades, através de uma unidade nacional dada pela Rede.

Desde 2009, atuamos em diversos encontros estudantis e sindicais, expandindo nossa organização entre escolas do ensino médio, técnico e superior. Com um crescimento lento, porém firme, hoje podemos visualizar nossa expansão com Comitês de Propaganda (CPs) ou organizações em processo de ingresso nos estados da Bahia, Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul; além do Ceará, Distrito Federal e Rio de Janeiro, presentes desde o início.

O ingresso para a construção nacional da RECC é realizado através de encontros presenciais e virtuais para discussão política, a fim de mantermos nossa unidade. Utilizamos o documento "Teses de Construção", disponível em nosso blog, para iniciar este debate. Além da discussão política, estimulamos a construção de coletivos ou oposições de base, pois não ingressamos indivíduos nas localidades onde não temos núcleo orgânico: são estes organismos que construirão a Rede. A efetivação do ingresso é formalizada pela Coordenação Nacional da RECC, conquanto haja acordos com nossos princípios, teses, organização e o programa em construção, expressos por documentos lançados pelos ingressantes.

Convocamos os estudantes combativos e anti-governistas de todo o país a tomar parte na construção nacional da RECC, esta ferramenta da luta estudantil. Ousar lutar, ousar vencer! ■

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E-mail:
rede.mecc@gmail.com


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Como se organiza a RECC?

A Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC) é uma corrente do movimento estudantil surgida em julho de 2009 que estimula e organiza em seu interior Coletivos e Oposições de Base por local de estudo, seja do nível secundarista, superior ou técnico etc. A Rede atua com a finalidade de convergir cada atuação em nossos locais de estudo à objetivos de unidade nacional, política e organizativa, ao longo do tempo.

Não somos uma entidade representativa de Grêmios, DCEs e CAs/DAs. Atuamos ininterruptamente no interior de nossas escolas e universidades, como oposição ou gestão de tais entidades, não com a finalidade eleitoreira de ganhá-las a qualquer custo, mas visando estimular uma auto-organização de base duradoura e ativa através dos princípios do classismo, da combatividade, do anti-governismo, anti-reformismo, da democracia de base, da ação direta e da autonomia frente partidos, governos e empresas.

Pretendemos a Reorganização do Movimento Estudantil Nacional. E esta tarefa só pode ser cumprida com a Reorganização dos Movimentos Estudantis em cada Local de Estudo. Entendendo os estudantes (uma categoria social em transição) como uma fração da classe trabalhadora, compreendemos consequentemente ser nossa tarefa selar uma aliança orgânica com o conjunto de nossa classe. Para tanto, defendemos programaticamente e buscamos consstruir um Central de Classe no Brasil.

Organizamo-nos de baixo para cima, sendo os Coletivos e Oposições a base de nossa Rede, a raiz condutora de nossa política à vida estudantil em cada local de estudo e o critério que confere ao militante direitos políticos na Rede. O conjunto de Coletivos e Oposições de determinada localidade formam nossos Núcleos Locais (geralmente abrangem espacialmente uma cidade, mas não necessariamente). Os Núcleos Locais são responsáveis por eleger a política e tarefas nacionais da Rede através da eleição de Coordenadores, que por sua vez formam a Coordenação Nacional. Anualmente, organizamos nossa Plenária Nacional, um encontro com maior participação dos militantes de base, instância superior à Coordenação Nacional, que orienta linhas de princípios, estrutura e estratégia, entre outros.
 

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